domingo, 25 de outubro de 2009

Quando a alegria acontece, simplesmente agradeça .

Querido Osho,
O ego ainda está ativo, quando eu sinto alegria e contentamento?

Champak, quando a alegria está presente, não existe ego. Mas quando a alegria se vai, o ego retorna; e quando o ego retorna, ele transforma a alegria em uma experiência. Fora isso, quando a alegria está presente, não existe experienciador nem experiência – não existe divisão. Não é que você sinta alegria, você é a alegria. Quando a alegria está presente, você não está, a alegria está, apenas a alegria. Porém, mais ou cedo ou mais tarde...
Você ainda não é capaz de conter aquela alegria para sempre; a janela e a porta se fecham, a fragrância desaparece, a música vai se tornando distante até desaparecer. O ego está de volta e diz, ‘Garoto, que bela experiência! Foi muito legal, fantástico!’ E agora, aquilo que não era uma experiência foi reduzido a uma experiência.

Você me pergunta: O ego ainda está ativo, quando eu sinto alegria e contentamento?

Quando você está verdadeiramente na alegria e no contentamento, o ego não está, ele não consegue estar, porque o contentamento não pode estar junto com o ego – é impossível – eles não conseguem existir juntos. Nunca se ouviu isso. A coexistência deles é impossível. Quando a alegria e o contentamento estão presentes, apenas Deus está.
Mas eu posso entender a sua pergunta, Champak. A pergunta surge mais tarde, quando o ego retorna e o momento de alegria já desapareceu, daí ele toma posse. O ego é muito ganancioso, ele toma posse de tudo, ele acumula tudo. Ele reduz toda coisa viva em uma coisa morta, porque somente coisas mortas podem ser acumuladas. Aí, ele diz, ‘Mantenha isto como uma memória, isto foi uma grande coisa.’ E aquilo ficou reduzido a uma memória. E o ego ainda diz, ‘Tenha este tipo de alegria mais e mais vezes, crie mais alegrias.’ E você sabe que você não foi o criador dela; ela só veio quando você não estava, ela veio sem ser solicitada, ela veio por si mesma, ela veio inesperadamente. Você não foi o criador da alegria, você não a fabricou, você não colocou ela ali; ela foi algo do além que de repente tomou posse de você, que o sacudiu, deu-lhe um banho. E por um momento você esteve iluminado pelo sol, esqueceu todas as suas misérias, angústias e dores. Você não era um homem naquele momento, aquilo foi um vislumbre da energia búdica, exatamente a experiência de um relâmpago.
Mas o ego não pode perder a oportunidade. Uma vez que o momento tenha passado, ele imediatamente salta, toma posse daquilo e armazena na memória. E fica instigando você a ter mais daquilo. Daí você fica com um problema, pois você não sabe o que fazer para trazer aquela alegria de novo.
Isto acontece diariamente aqui. Quando pessoas novas chegam até a mim e elas começam a meditar, de repente, num dia aquilo acontece – a bênção – e elas ficam emocionadas, ficam em êxtase. Mas o ego toma posse e depois aquilo se torna cada vez mais difícil de acontecer. Então, elas ficam preocupadas, ‘Aquilo aconteceu... Por que não está acontecendo agora?’
Aconteceu porque você não estava alerta a respeito, aconteceu porque você não havia solicitado. Você não poderia ter solicitado, porque você não tinha qualquer experiência prévia. Aconteceu porque não havia nenhuma procura daquilo, aconteceu porque você não estava buscando – você não poderia ter buscado, pois aquilo era desconhecido. Agora você já conhece algo a respeito, e porque conhece, você está procurando por aquilo. E porque você está à procura, você está presente. E a procura do buscador persiste, permanece – o buscador é a barreira.
Esta é toda a mensagem de Yoka e de seu Shodoka – toda a mensagem: a que o buscador é a barreira. Deus não pode ser buscado; Deus vem. Você tem apenas que estar receptivo, disponível e isto é tudo.
Quando em meditação você sente o êxtase surgindo pela primeira vez, não é você que está fazendo aquilo. Fique alerta. Você não está fazendo coisa alguma. Aquilo está acontecendo com você – é um puro presente. Sinta-se agradecido. Não pense em termos de que você é o fazedor, não dê um tapinha nas suas próprias costas, não diga, ‘Olhe, eu fiz isto’. Se tiver agido assim, você terá problemas, pois aquilo não virá de novo. Você se tornou esperto, engenhoso e a sua inocência se perdeu.

. Assim, sempre que acontecer belas experiências de alegria, contentamento, amor, beatitude e benção, lembre-se de uma coisa, você não é o manipulador delas; elas simplesmente vêm. Sinta-se agradecido e diga obrigado, e esqueça tudo a respeito delas. Não as guarde em sua memória, e não fique ganancioso a respeito delas. Se você ficar ganancioso o ego já entrou e, por vingança, ele começa a envenená-lo de novo.
Champak, o ego desaparece muitas vezes, na vida comum ele também desaparece muitas vezes, mas as pessoas não sabem como manter aqueles momentos de pureza intactos, sem serem poluídos pelo ego, o qual logo em seguida entra em ação; ele está de prontidão para entrar. Isto nada tem a ver com meditação enquanto tal. A meditação é apenas uma das maneiras para torná-lo disponível, para ajudá-lo a se tornar passivo, receptivo e feminino. Mas isto acontece; apenas por ver um pássaro voando, isto pode acontecer.
O primeiro samadhi de Ramakrishna aconteceu desse jeito. Ele tinha apenas 13 anos de idade. Ele estava voltando para casa, vindo da fazenda,



Playfulness - Osho Zen Tarot

e passava pelo lago do vilarejo quando alguns cisnes de repente levantaram vôo. O céu estava escuro, cheio de nuvens carregadas. Em contraste com o fundo daquelas nuvens escuras, os cisnes brancos reluziam como relâmpagos. O momento era tão puro, a beleza era tão completa que Ramakrishna curvou-se ali mesmo no chão em grande prece. Ele foi golpeado por Deus.
Ele permaneceu inconsciente por algumas horas. Alguém o descobriu e as pessoas carregaram-no para casa. Aquele foi o seu o seu primeiro samadhi. Quando ele abriu seus olhos, depois de algumas horas, ele era um homem totalmente diferente. Aqueles olhos não eram mais os antigos; eles tinham um novo brilho. Seu rosto não era mais o antigo; ele tinha uma nova glória. O garoto estava transformado. As pessoas começaram a venerar o garoto; elas vinham de longe, dos mais variados lugares, apenas para ver o que tinha acontecido. Alguma coisa divina o havia penetrado. E ele não estava fazendo coisa alguma. Ele simplesmente estava passando pelo lago, mas ele nunca permitia que seu ego tomasse posse dele. Quando as pessoas perguntavam ‘O que você fez?’ ele respondia, ‘Eu nada fiz, aconteceu.’ Ele nunca ficou ganancioso para que aquilo acontecesse de novo; caso contrário, ele teria perdido o ponto. E aquilo começou a acontecer repetidas vezes; mesmo devido a coisas pequenas aquilo começava a se desencadear.
Você não consegue encontrar cisnes voando no meio de nuvens escuras todos os dias. Mas aquilo não era o ponto; aquilo apenas desencadeou. E depois, qualquer coisa pequena... Alguém estava sorrindo e acontecia. Uma flor na beira do caminho, se Ramakrishna a visse, ele entrava em êxtase e já não estava mais ali. Ou alguém dizia alguma coisa... bastava o som. Alguém estava repetindo um mantra... bastava o som. Ou alguém tocando uma veena... bastava o som, e ele entrava em êxtase.
Mais tarde isto se tornou difícil para seus discípulos; levá-lo a qualquer lugar era um problema. Na estrada, caminhando, de repente ele já tinha ido, ele desaparecia. Em qualquer lugar que ele fosse, qualquer coisa...
Na verdade, lentamente, lentamente, tudo é divino; lentamente, lentamente, qualquer coisa...
Isto deve ter acontecido com Basho, o poeta e místico Zen.

O antigo lago
Um sapo salta
Plop!

Basho deve ter entrado em um profundo êxtase – apenas o ‘plop’, o som do sapo saltando no antigo lago, era suficiente, mais do que suficiente, e a porta se abria.
Ela se abre para você também – Deus é generoso – mas você perde o ponto, porque você o interpreta erroneamente. Algumas vezes acontece quando você está fazendo amor, mais freqüentemente quando você faz amor, porque esta é a sua experiência mais profunda. Ramaskrishna deve ter sido uma alma muito estética, caso contrário, quem entraria em tamanho orgasmo por ver alguns cisnes voando ao encontro das nuvens negras? Ele deve ter sido de uma imensa sensibilidade estética. Aquilo era o suficiente para ele entrar em estado orgástico.
Normalmente as pessoas não são tão sensitivas; elas se tornaram muito duras. Para conseguir sobreviver, elas tiveram que colocar uma armadura ao seu redor, exatamente para se protegerem; elas tinham medo de ficar vulneráveis. Mas enquanto você está fazendo amor, você se torna vulnerável. Naquela intimidade, o vislumbre vem; você se perde, você está possuído por alguma energia que não é você. Você é minúsculo, comparado com ela. A energia é imensa, enorme.
Mas não tome posse dela no momento seguinte; o ego é muito astuto. Quando aquela energia vem, agradeça a Deus, e quando ela se for, agradeça a Deus, mas não se torne de maneira alguma um fazedor, permaneça um não-fazedor.

OSHO – The Sun Rises in the Evening – Capítulo 10 – pergunta n° 3
Tradução: Sw. Bodhi Champak

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domingo, 23 de agosto de 2009

Felizzzz!

Love is a cosmic magical number
Add, multiply and divide
Love is a cosmic magical number
Add, multiply and divide
Divide the number nine
Add four and multiply
Love is the answer
I am God spreading cancer,
Under will, love is the law
Love is a cosmic magical number
It's up to you to combine
Love is a magick cosmical number
Add, multiply and divide
Divide the number nine
Add four and multiply
Love is the answer
I am God spreading cancer,
Under will, love is the law
Love is magick
Love is magick
Love is magick

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sábado, 22 de agosto de 2009

Permanência

Quando se pensa em fazer uma tatuagem, pensa-se em desenho, manifestação artística vista inicialmente pelos olhos e posteriormente pela mente, pelo inconsiente, pela alma, o que for, pois o ser humano tem necessidade de atribuir significado a tudo que lhe é visto. Necessidade esta que cria preconceitos e idéias errôneas  a respeito de pessoas e comportamentos.
Qual tatuado que nunca foi alvo de proconceito? E qual tatuado é livre de preconceito? Levando-se em conta o fato da atribuição de significado a tudo que é visto, ninguém está livre de cometer erros pré-conceituais. O que não pode é se fechar em idéias fixas.Mas uma tatuagem não é uma idéia fixa, uma imagem fixa, imutável e permanente?
Uma das perguntas mais sem sentido daquela lista de perguntas repetitivas é: " mas e quando você for velha?". Sinceramente, inda não entendi a real intenção dessa pergunta. "Serei uma velha tatuada, oras!" costuma ser minha resposta, óbivia e direta o suficiente para a pessoa ver que o questionamento dela é furado. Como se não se envelhecesse da mesma forma sem ter feito tatuagem ou como se uma pessoa idosa fosse um ser isento de possibilidade de expressão. Expressão e não transgressão! Até porque falar que tatuagem é transgressão nos dias atuais é algo questionável. E sefor também não vem ao caso agora. O que vêm ao caso é a preocupação com a  permanência da tatuagem como elemento estético imutável. O que de certa forma é compreensível se formos analisar a fugacidade das coisas. A moda se transforma numa velocidade estonteante, assim comoos costumes, gostos pessoais, relacionamentos etc. Por isso, a tatuagem não deve ser vista como moda, pois quem a vê assim sofrerá as consequências por ser uma fútil vítima da moda.
O caráter permanente da tatuagem assusta alguns ao mesmo tempo em que atrai outros. Assusta as pessoas que estão tão inseridas no ritmo acelerado de mudanças que não conseguem pensar em ter um desenho em seu corpo que não se modifique até o fim da vida. "Eu gosto de estar sempre mudando, não consigo ter sempre o mesmo corte de cabelo, usar sempre o mesmo tipo de roupa, nem os mesmos brincos todos os dias, por isso não faço uma tatuagem." Afirmação bem comum de se ouvir. Ou mais comum ainda: " Não fiz ainda porque não me decidi, tenho medo de fazer algo hoje e depois enjoar." Esta está na lista das mais faladas! Porém não julgo ninguém por pensarassim, de forma alguma, mesmo eu estando inserida no grupo das pessoas que sentem atração pelo caráter permanente da tatuagem. Acho tão incrível fazer escolhas e compor o corpo de forma que bem entender, modificando significativamente o corpo natural para adequarmos ao que somos e queremos! Claro, "o que somos" é uma idéia mutável, mas não na essência, pelo menos nas pessoas coerentes com sua essência. E e justamente esse o ponto que faz com que a tatuagem seja algo superior à moda. Mesmo sendo eventualmente apropriada por esta, ela está além. Muito além. Tão além que não se pode defini-la por completo em palavras devido à sua subjetividade. Por isso é tão difícil de explicar o porquê de ser apaixonado por essa arte, porque arte não se explica, é para ser sentida e vivenciada. E só quem possui sabe seu verdadeiro significado.

Por: Iara Iguti

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Sensação bo(b)a

Essa que você provoca. Sentir que estou um pouco acima do chão e que não tenho controle algum das minhas atitudes: faço o que você quer.
Eu tento, juro que tento controlar minhas palavras e gestos numa tentativa em vão de parecer que não estou apaixonada. Mas ai vem você e diz coisas lindas, que me fazem sair do pré-programado e, quando percebo, já estou sorrindo abobadamente
(se é que isso existe).
E esse sorriso, todo mundo percebe. Chamam-me de “garota do sorriso mais lindo” sem saberem que o culpado disso é você e suas ligações, surpresas, palavras. Nunca gostei tanto de ouvir e sentir.Nunca senti tanta necessidade de falar e fazer sentir.
Amo quem traçou o meu destino; fazendo-o cruzar com o seu e ficar nosso de uma maneira tão especial.








Retirado do: "No divã virtual"

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sábado, 16 de agosto de 2008

Brinde ao Tempo

Não é que eu seja assim, muito simples. E não é que você seja assim, muito complicado. Mas jamais deixamos de sê-lo. Embora nosso inimigo quando juntos, o tilintar do relógio contabiliza há quanto tempo o tempo passou a ser nosso. O nosso tempo. Às vezes desencadeamos a falar do passado, a estabelecer laços com a nossa história para que o futuro seja mais forte. E essa história, escrita na areia de uma praia, nem o mar pode apagar.
Talvez os dias e os anos sejam para que a certeza de que os nossos planos se realizem chegue de forma lenta e prazerosa. Mas o tempo nunca pára, a certeza nunca chega e eu vou vivendo com você os dias mais felizes, cheios, completos. Enquanto isso eu esqueço que o tempo é o tempo e trato ele como uma conseqüência. Nossa vida como conseqüência do nosso tempo e o nosso tempo nunca acaba, porque você me ensinou que segundos podem ser infinitos, e serão.




Escrito por marina melz

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terça-feira, 5 de agosto de 2008

A ARTE DE VIVER

"O homem nasce para atingir a vida, mas tudo depende dele. Ele pode perdê-la. Ele pode seguir respirando, ele pode seguir comendo, ele pode seguir envelhecendo, ele pode seguir se movendo em direção ao túmulo - mas isso não é vida. Isso é morte gradual, do berço ao túmulo, uma morte gradual com a duração de setenta anos. E porque milhões de pessoas ao redor de você estão morrendo essa morte lenta e gradual, você também começa a imitá-los. As crianças aprendem tudo daqueles que estão em volta delas e nós estamos rodeados pelos mortos. Então temos que entender primeiro o que eu entendo por 'vida'. Ela não deve ser simplesmente envelhecer. Ela deve ser desenvolver-se. E isso são duas coisas diferentes. Envelhecer, qualquer animal é capaz. Desenvolver-se é prerrogativa dos seres humanos. Somente uns poucos reivindicam esse direito. Desenvolver-se significa mover-se a cada momento mais profundamente no princípio da vida; significa afastar-se da morte - não ir na direção da morte. Quanto mais profundo você vai para dentro da vida, mais entende a imortalidade dentro de você. Você está se afastando da morte: chega a um momento em que você pode ver que a morte não é nada, apenas um trocar de roupas ou trocar de casas, trocar de formas - nada morre, nada pode morrer. A morte é a maior ilusão que existe. Como desenvolver-se? Simplesmente observe uma árvore. Enquanto a árvore cresce, suas raízes crescem para baixo, tornam-se mais profundas. Existe um equilíbrio; quanto mais alto a árvore vai, mais fundo as raízes vão. Na vida, desenvolver-se significa crescer profundamente para dentro de si mesmo - que é onde suas raízes estão. Para mim o primeiro princípio da vida é meditação. Tudo o mais vem em segundo lugar. E a infância é o melhor momento. À medida que você envelhece, significa que você está chegando mais perto da morte, e se torna mais e mais difícil entrar em meditação. Meditação significa entrar na sua imortalidade, entrar na sua eternidade, entrar na sua divindade. E a criança é a pessoa mais qualificada porque ela ainda está sem a carga da educação, sem a carga de todo o tipo de lixo. Ela é inocente. Mas infelizmente a sua inocência está sendo considerada como ignorância. Ignorância e inocência tem uma similaridade, mas elas não são a mesma coisa. Ignorância também é um estado de não conhecimento, tanto quanto a inocência é. Mas também existe uma grande diferença que passou despercebida por toda a humanidade até agora. A inocência não é instruída - mas também não é desejosa de ser instruída. Ela é totalmente contente, preenchida... O primeiro passo na arte de viver será criar uma linha de demarcação entre ignorância e inocência. Inocência tem que ser apoiada, protegida - porque a criança trouxe com ela o maior tesouro, o tesouro que os sábios encontram depois de esforços árduos. Os sábios têm dito que se tornaram crianças novamente, que eles renasceram... Sempre que você perceber que perdeu a oportunidade da vida, o primeiro princípio a ser trazido de volta é a inocência. Abandone o seu conhecimento, esqueça as suas escrituras, esqueça as suas religiões, suas teologias, suas filosofias. Nasça novamente, torne-se inocente - e a possibilidade está em suas mãos. Limpe a sua mente de todo conhecimento que não foi descoberto por você mesmo, de todo conhecimento que foi tomado emprestado dos outros, tudo o que veio pela tradição, convenção, tudo o que lhe foi dado pelos outros - pais, professores, universidades. Simplesmente desfaça-se disso. Novamente seja simples, mais uma vez seja uma criança. E esse milagre é possível pela meditação. Meditação é apenas um método cirúrgico não convencional que corta tudo aquilo que não é seu e só preserva aquilo que é o seu autêntico ser. Ela queima tudo o mais e o deixa nu, sozinho embaixo do sol, no vento. É como se você fosse o primeiro homem que tivesse descido na Terra - que nada sabe e que tem que descobrir tudo, que tem que ser um buscador, que tem que ir em peregrinação. O segundo princípio é a peregrinação. A vida deve ser uma busca - não um desejo, mas uma pesquisa: não uma ambição para tornar-se isso, para tornar-se aquilo, um presidente de um país, ou um primeiro-ministro, mas uma pesquisa para encontrar 'Quem sou eu?'. É muito estranho que as pessoas que não sabem quem elas são, estão tentando se tornar alguém. Elas nem mesmo sabem quem elas são neste momento! Elas não conhecem os seus seres - mas elas têm um objetivo de vir a ser. Vir a ser é a doença da alma. O ser é você e descobrir o seu ser é o começo da vida. Então cada momento é uma nova descoberta, cada momento traz uma alegria. Um novo mistério abre as suas portas, um novo amor começa a crescer em você, uma nova compaixão que você nunca sentiu antes, uma nova sensibilidade a respeito da beleza, a respeito da bondade. Você se torna tão sensível que até a menor folha de grama passa a ter uma importância imensa para você. Sua sensibilidade torna claro para você que essa pequena folha de grama é tão importante para a existência quanto a maior estrela; sem esse folha de grama, a existência seria menos do que é. E essa pequena folha de grama é única, ela é insubstituível, ela tem a sua própria individualidade. E essa sensibilidade criará novas amizades para você - amizades com árvores, com pássaros, com animais, com montanhas, com rios, com oceanos, com as estrelas. A vida se torna mais rica enquanto o amor cresce, enquanto a amizade cresce... Quando você se torna mais sensível, a vida se torna maior. Ela não é um pequeno poço, ela se torna oceânica. Ela não está confinada a você, sua esposa e seus filhos - ela não é confinada de jeito algum. Toda essa existência se torna a sua família e a não ser que toda essa existência seja a sua família, você não conheceu o que é a vida. - porque homem algum é uma ilha, nós estamos todos conectados. Nós somos um vasto continente, unidos de mil maneiras. E se o nosso coração não está cheio de amor pelo todo, na mesma proporção a nossa vida é diminuída. A meditação lhe traz sensibilidade, uma grande sensação de pertencer ao mundo. Este é o nosso mundo - as estrelas são nossas e nós não somos estrangeiros aqui. Nós pertencemos intrinsecamente à existência. Nós somos parte dela, nós somos o coração dela. Em segundo lugar, a meditação irá lhe trazer um grande silêncio - porque todo o lixo do conhecimento foi embora, pensamentos que são partes do conhecimento foram embora também... Um imenso silêncio e você é surpreendido - esse silêncio é a única música que existe. Toda música é um esforço para manifestar esse silêncio de algum modo. Os videntes do antigo oriente foram muito enfáticos a respeito da questão de que todas as grandes artes - música, poesia, dança, pintura, escultura - são todas nascidas da meditação. Elas são um esforço para, de algum modo, trazer o incompreensível para o mundo do conhecimento, para aqueles que não estão prontos para a peregrinação - presentes para aqueles que ainda não estão prontos para partirem na peregrinação. Talvez uma canção possa despertar um desejo de ir em busca da fonte, talvez uma estátua. Na próxima vez que em você entrar em um templo de Gautama Buda ou de Mahavira, sente-se silenciosamente e olhe a estátua... porque a estátua foi feita de tal forma, em tal proporção que se você olhá-la, você cairá em silêncio. É uma estátua de meditação; não é a respeito de Gautama Buda ou de Mahavira... Naquele estado oceânico, o corpo toma uma certa postura. Você próprio já observou isso, mas não estava alerta. Quando você está com raiva, você observou? seu corpo tomou uma certa postura. Na raiva você não pode manter as suas mãos abertas: na raiva, a mão se fecha. Na raiva você não pode sorrir - ou você pode? Com uma certa emoção, o corpo tem que seguir uma certa postura. Pequenas coisas estão profundamente relacionadas no interior... Uma certa ciência secreta foi usada por séculos, de modo que as gerações futuras pudessem entrar em contato com as experiências das gerações mais velhas - não através de livros, não através de palavras, mas através de algo que vai mais profundo - através do silêncio, através da meditação, através da paz. À medida que seu silêncio cresce, sua amizade cresce, seu amor cresce; sua vida se torna uma dança, momento a momento, uma alegria, uma celebração. Você já pensou sobre o porquê, em todo o mundo, em toda cultura, em toda sociedade, existem uns poucos dias no ano para a celebração? Esses poucos dias para a celebração são apenas uma compensação - porque essas sociedades tiraram toda a celebração de sua vida e se nada é dado para você em compensação, sua vida pode tornar-se um perigo para a cultura. Toda cultura criou alguma compensação e assim você não se sentirá completamente perdido na miséria, na tristeza... Mas essas compensações são falsas. Mas no seu mundo interior pode existir uma continuidade de luz, canções, alegria. Sempre lembre-se que a sociedade o compensa quando ela sente que a repressão pode explodir em uma situação perigosa se não for compensada. A sociedade encontra algum jeito de lhe permitir soltar a repressão. Mas isso não é a verdadeira celebração, e não pode ser verdadeira. A verdadeira celebração deveria vir de sua vida, na sua vida. E a celebração não pode estar de acordo com o calendário, que no primeiro dia de novembro você irá celebrar. Estranho, o ano todo você é miserável e no primeiro dia de novembro, de repente, você sai da miséria, dançando. Ou a miséria era falsa ou o primeiro de novembro é falso.; ambos não podem ser verdadeiros. E uma vez que o primeiro de novembro se vai, você está de volta em seu buraco negro, todo mundo em sua miséria, todo mundo em sua ansiedade. A vida deveria ser uma celebração contínua, um festival de luzes por todo o ano. Somente então você pode se desenvolver, você pode florir. Transforme pequenas coisas em celebração... Tudo o que você faz deveria expressar a si próprio; deveria ter a sua assinatura. Então a vida se torna uma celebração contínua. Inclusive se você adoece e você está deitado na cama, você fará daqueles momentos de repouso, momentos de beleza e alegria, momentos de relaxamento e descanso, momentos de meditação, momentos para ouvir música ou poesia. Não há necessidade de ficar triste porque você está doente. Você deveria estar feliz porque todo mundo está no escritório e você está na cama como um rei, relaxando - alguém está preparando chá para você, o samovar está cantando uma canção, um amigo se oferece para vir e tocar flauta para você. Essas coisas são mais importantes do que qualquer remédio. Quando você está doente, chame um médico. Mas, mais importante, chame aqueles que o amam porque não existe remédio mais importante que o amor. Chame aqueles que podem criar beleza, música, poesia à sua volta, porque não existe nada que cure como uma atmosfera de celebração. O medicamento é o mais baixo tipo de tratamento. Mas parece que nós esquecemos tudo, assim nós temos que depender dos medicamentos e ficar rabugentos e tristes - como se você estivesse perdendo uma grande alegria que havia quando você estava no escritório! No escritório você era miserável - simplesmente um dia de folga, mas você também se agarra à miséria, você não a deixa ir. Faça todas as coisas criativas, faça o melhor a partir do pior - isso é o que eu chamo de arte. E se um homem viveu toda a vida fazendo a todo momento uma beleza, um amor, um desfrute, naturalmente a sua morte será o supremo pico no empenho de toda a sua vida. Os últimos toques... sua morte não será feia como ordinariamente acontece todo dia com todo mundo. Se a morte é feia, isso significa que toda a sua vida foi um desperdício. A morte deveria ser uma aceitação pacífica, uma entrada amorosa no desconhecido, um alegre despedir-se dos velhos amigos, do velho mundo... Comece com a meditação e muitas coisas crescerão em você - silêncio, serenidade, êxtase, sensibilidade. E o que quer que venha com a meditação, tente trazer para a sua vida. Compartilhe isso, porque tudo o que é compartilhado cresce mais rápido. E quando você atingir o momento da morte, você saberá que não existe morte. Você pode dizer adeus, não existe nenhuma necessidade de lágrima de tristeza - talvez lágrimas de felicidade, mas não de tristeza."


OSHO, O Livro da Cura

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sábado, 14 de junho de 2008

Garage!!!!
Fazer o que, né?
Saudade dos meus amigos!!!

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